Ao longo desta semana, os agentes farão vistorias em casas e empresas com acúmulo de lixo e entulho a fim de identificar e eliminar focos do mosquito transmissor da doença
REINALDO SILVA
Da Redação
O momento é crítico e exige medidas rígidas. Na manhã desta terça-feira (28), a Vigilância em Saúde de Paranavaí iniciou uma série de vistorias em imóveis residenciais e comerciais a fim de identificar e eliminar focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
O assessor de combate a endemias Tiago Dias explicou que a ação tem cunho preventivo: “Precisamos diminuir os riscos de epidemia”.
Foto: Ivan Fuquini
A preocupação é pertinente. Um levantamento feito no começo do ano apontou índice de infestação do Aedes aegypti de 1,8%, considerado de médio risco. Significa que a cada 100 endereços visitados, quase dois tinham larvas do inseto. E se há mosquito, há risco de transmissão do vírus. É preciso minimizar o problema.
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Por isso, estão na mira da fiscalização ao longo da semana locais com acúmulo de lixo e entulho. No primeiro dia, a equipe da Vigilância em Saúde esteve em 10 pontos da cidade e eliminou mais de 40 focos do mosquito.
Cada morador notificado tem três dias para resolver a situação, prazo para o retorno dos agentes. Caso os criadouros não sejam eliminados até lá, a Vigilância em Saúde abrirá processo administrativo que acarretará multa.
A ação se estenderá até sexta-feira (31). No sábado (1º de fevereiro), servidores municipais e voluntários promoverão o terceiro mutirão de limpeza de 2025, alcançando os bairros com maior incidência do Aedes aegypti. Anteriormente, os trabalhos se concentraram na área central da cidade, incluindo a Praça dos Pioneiros e algumas vias públicas, e o Conjunto Habitacional Luiz Lorenzetti, na região do Jardim São Jorge.
Paralelamente, os agentes de combate a endemias mantêm a rotina de visitas domiciliares diárias, levando orientações à população sobre as formas de prevenção e combate à dengue.
No boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgado ontem, Paranavaí aparece com 63 casos positivos da doença. O período em análise começou em agosto de 2024.
Apesar do número relativamente baixo, alguns fatores acendem o sinal de alerta. Além das altas temperaturas aliadas às chuvas frequentes, há municípios da Região Noroeste que já enfrentam epidemia de dengue, aumentando as possibilidades de circulação viral também em Paranavaí. São João do Caiuá somou 608 confirmações, Loanda registrou 515 e Marilena, 146.
