Conheça a urologia feminina ou uroginecologia

É comum encontrar mulheres incomodadas com problemas urinários. Muitas vezes, não encontram médicos com o preparo para bem atendê-las. Incontinência urinária, sinais de “bexiga caída”, sangramentos uterinos e dores pélvicas. Essas são condições que atrapalham a vida de muitas mulheres e são competência de um profissional pouco conhecido, o urologista com especialidade em urologia feminina.

Essas alterações atingem mais da metade da população feminina, acima da quinta década de vida. Dentre os fatores de risco estão a idade, ganho de peso, o tabagismo, a história na família de problemas urinários.

As queixas mais frequentes em consultório são: perda de urina ao tossir ou agachar; ardência recorrente na urina; sensação de “bola na região vaginal”; assaduras; dores na relação sexual; profusos sangramentos vaginais.

A urologia feminina é uma subespecialidade que reúne conhecimentos da urologia, da ginecologia, da cirurgia geral e neurologia.

O médico João Paulo Guimarães, especialista em urologia feminina em Paranavaí, explica que é papel do urologista atender homens e mulheres. Um grupo seleto de urologistas aprofunda a formação nos problemas pélvicos femininos.

“O urologista com qualificação em urologia feminina é um profissional capacitado para tratar pacientes com perdas urinárias, sangramentos uterinos descontrolados, prolapsos genitais e outras afecções do trato genitourinário”, detalha. Esse especialista é habilitado no diagnóstico dessas alterações por meio de exames como estudo urodinâmico, cistoscopia e histeroscopia.

O médico detalha como identificar a necessidade de procurar a ajuda especializada
Foto: Ivan Fuquini

Os tratamentos são individualizados e vão depender da idade e condições de saúde da paciente. Eles podem ser conservadores ou cirúrgicos. As operações são realizadas via vaginal, via endoscópica, via laparoscópica e robótica. “Há um aprimoramento das técnicas laparoscópicas e robóticas, nos últimos anos, campo de domínio do urologista.”

Segundo o especialista, há casos de pacientes em que é preciso realizar as correções perineais de frouxidão vaginal, abaulamentos vaginais e retirada do útero. “Avaliamos, criteriosamente, cada paciente para definir a melhor estratégia de tratamento. Quando há indicação da retirada do útero, num mesmo tempo operatório, realizamos o procedimento por laparoscopia. Essas técnicas viabilizam operações menos dolorosas e com resultados superiores”, afirma o cirurgião.