Por meio de atividades lúdicas e dinâmicas, o Futuro Integral ensina conceitos de letramento e raciocínio lógico e desenvolve potencialidades de estudantes de escolas públicas
MONIQUE MANGANARO
Da Redação
Aprender de forma dinâmica, em contextos lúdicos e em ambientes cheios de diversão. Aproximadamente 400 estudantes das redes municipal e estadual de ensino de Paranavaí têm a oportunidade de participar de um processo de aprendizagem diferente do convencional. Eles fazem parte do projeto Futuro Integral, desenvolvido pelo Sesc Paranavaí para trabalhar letramento e raciocínio lógico.
Duas vezes por semana, crianças e adolescentes participam das aulas que se dividem entre a escola e as dependências do Sesc. Durante algumas horas, orientadores se dedicam a identificar potencialidades e desenvolver habilidades dos jovens, que muitas vezes passam despercebidas em sala de aula.
Coordenadora dos programas de educação do Sesc Paranavaí, Tânia Mara Volpato diz que o foco é executar uma educação contextualizada, apresentando conceitos necessários para a aprendizagem, mas colocando o estudante como protagonista da ação. “Dentro da área de comunicação, que é a área de letramento, a gente trabalha a expressão, a escrita, a fala. O raciocínio lógico dentro da matemática [é trabalhado] através de jogos, de dinâmicas. Sem perceber, [o aluno] está num processo de aprendizagem”, esclarece.

Foto: Ivan Fuquini
O Futuro Integral faz parte do Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), iniciativa do Sesc Paraná para ampliar o acesso de pessoas com rendas mais baixas a ações educativas gratuitas. O projeto nasceu em 2009, inicialmente com o nome Contraturno, e tinha como foco oferecer atividades para crianças fora do horário regular de aula, quando ainda não existiam muitas escolas em tempo integral.
Com o tempo, o programa se transformou e foi incorporado às ações realizadas em parceria com as secretarias de Educação. Hoje, todos os estudantes que participam do projeto seguem o critério de pertencer a famílias com renda per capita de até dois salários mínimos e são selecionados com intermédio das escolas municipais e estaduais, do Centro da Juventude e da Guarda Mirim de Paranavaí.

Tânia detalha que o projeto não é aberto diretamente à comunidade, mas segue um calendário anual definido junto às escolas participantes.
Desdobramentos e evolução – As ações do Futuro Integral se encontram com atividades especiais promovidas ao longo do ano pelo Sesc. Os estudantes inseridos no projeto também participam do Festival da Matemática, do Conecta Play e do Sarau Literário, apresentando trabalhos criados em sala de aula. “Existem muitas ações que fogem um pouco do contexto escolar. Por isso que a gente diz que é a educação contextualizada, porque eles vivenciam a aprendizagem de uma forma diferenciada. Eles trazem elementos e arquétipos para o seu crescimento como pessoa. Mas é claro que a gente foca também no aprendizado, mas de uma forma bem útil”, explica Tânia.
Os resultados das práticas aparecem não apenas na evolução escolar, mas também no desenvolvimento pessoal dos jovens, avalia. “Eu vejo um projeto muito positivo, que traz elementos para agregar o fortalecimento do aprendizado de uma forma geral. Esse trabalho tem uma força tão grande, a nível colaborativo e coletivo, que é um aprendizado que vai ficar eternizado na memória deles para sempre”, diz.































