Promessas ressequidas pelo tempo
Aneladas ao ressentimento
Coberta por flagelos.
De vozes ensurdecedoras
Clamando revoltas,
Pairando no frio das incertezas do mundo.
Coragem de expor seus versos no tempo
Capazes de soerguer
Um grito preso a garganta.
Vozes do pelourinho
Ressequidas, ressentidas
Amarradas ao sabor do vento.
Como flâmulas flamejantes
Ao sol causticante.
Expondo verdades em plena praça,
Entorpecida pelas mágoas presentes.
Oh! Pelourinho
Das ilusões desmascaradas
E aferrolhadas nos prazeres mundanos,
Nos fervores do tempo que jaz nos liames da vida.
Caiadas na aparência eloquente
Dos transeuntes já assoberbados.
Ah! Pulsilantes incompreendidos,
Entorpecidos…
Figurantes bravios do acontecido.
Jamais serão esquecidos.
Pairando seu sangue em praça pública
Com santas petições de aconchego
Ensaiando reveses de medo por toda parte.
Senhor!
Ave por nós…
Que o desespero
Empalideceu a voz
Ao sofrimento já combalido
Esmurrado, apedrejado
Na poça de nosso próprio sangue.
Senhor!…
Que verte drágeas de amor,
Que traz a paz aos corações esperançosos.
Rogue ao pai de tantos enegrecidos
De corações aturdidos
Este clamor de dor
Pelos corredores do tempo.































