REINALDO SILVA
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Os casos de síndromes gripais se avolumaram e o número de internações cresceu de maneira significativa, especialmente com a chegada das temperaturas mais baixas. Essa é a percepção da infectologista Gislaine Erédia, médica da Santa Casa de Paranavaí, que aponta o público infantil como o mais suscetível.
Durante os dois anos mais rigorosos da pandemia de Covid-19, as crianças permaneceram em casa, sem convivência em comunidade. Com o avanço da vacinação e a mudança de cenário, as atividades foram retomadas e os estudantes voltaram para as escolas, mas não estavam com o sistema imunológico preparado para a chegada dos vírus causadores das síndromes respiratórias. Jovens, adultos e idosos também estão sentindo os efeitos dos problemas gripais.
Na Santa Casa de Paranavaí, pacientes de toda a Região Noroeste têm buscado atendimento médico todos os dias. Os casos moderados requerem internação em leitos de Enfermaria. As pessoas que manifestam sintomas mais graves são encaminhadas para a UTI.
Gislaine Erédia explica que o todo vírus tem um ciclo de cinco a sete dias, e não é diferente no caso da gripe. Durante esse período, o paciente pode infectar outras pessoas, que infectam outras, que infectam outras. Assim a transmissão viral se estende.
A médica destaca que em períodos mais frios, a resistência das vias aéreas diminui e fica mais fácil para os agentes externos entrarem no organismo.
Ambientes fechados contribuem para a disseminação viral, porque sem a circulação do ar, as gotículas que contêm os vírus pairam por mais tempo. É preciso abrir portas e janelas para arejar. Manter a higienização constante das mãos e das superfícies ajuda a evitar o contágio, diz Gislaine Erédia.
Ela também fala sobre a necessidade de utilizar máscara de proteção facial, cobrindo boca e nariz. Durante grande parte da pandemia de Covid-19, o acessório foi obrigatório, mas agora é opcional. A recomendação é principalmente para lugares fechados e com grande número de pessoas. Em ambientes abertos, há menos riscos de transmissão.
Covid-19 – A médica infectologista chama a atenção para o crescimento gradativo de casos positivos de Covid-19 nas últimas semanas. Entre as possíveis causas, ela aponta o fato de as pessoas estarem cansadas do longo período de isolamento, por isso saem de casa com mais frequência e se expõem mais. Além disso, a recusa de parte da população em se vacinar ou completar o esquema de imunização favorece a circulação do vírus.
Ontem, a Prefeitura de Paranavaí divulgou a atualização dos números de Covid-19 na cidade. De 16 a 22 de maio, foram 580 confirmações da doença, superando os registros da semana anterior, 555. Entre os dias 2 e 8, o município contabilizou 475 casos positivos. De 25 de abril a 1º de maio, foram 400.
Apesar da elevação, a situação hospitalar se mantém regular, com poucas internações. Ontem, a Santa Casa tinha dois pacientes confirmados para Covid-19, ambos idosos, com comorbiadades associadas e de Paranavaí, ocupando leitos de Enfermaria. Havia, ainda, uma idosa internada na UTI por complicações pós-Covid.
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