Paranavaí alcança recorde de atendimentos médicos por síndrome respiratória no ano

Conforme levantamento da prefeitura, de 1º a 7 de junho foram 1.615 registros, acima da marca da semana anterior, 1.588. Apesar do número elevado, há tendência de queda

REINALDO SILVA

Da Redação

De 1º a 7 de junho, a Secretaria de Saúde de Paranavaí registrou 1.615 atendimentos médicos devido a doenças respiratórias – recorde do ano na contagem semana a semana. O cenário está diretamente ligado à queda de temperatura que marcou as últimas semanas, pois o frio favorece a transmissão viral. Basta comparar: de 30 de março a 5 de abril, foram 564 consultas; de 27 de abril a 3 de maio, 682; de 18 a 24 de maio, 1.419; e de 25 a 31 de maio, 1.588.

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Entram no levantamento a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o ponto de apoio à UPA, que funciona dentro da Unidade Básica de Saúde Centro, e as demais UBSs do município, onde se concentra o maior volume de notificações.

As síndromes gripais causadas por vírus do tipo Influenza são as mais comuns e representam 47,8% dos casos testados no Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). Outras formas virais aparecem na sequência: Rinovírus (26,1%), Vírus Sincicial Respiratório (21,7%) e Coronavírus (4,3%).

Médica e auditora da Secretaria de Saúde, Bruna Basso explica que nem todos os pacientes que procuram atendimento são submetidos a exames, a depender do quadro clínico. Além das coletas enviadas ao Lacen, alguns testes são realizados na própria unidade de atendimento, sendo possível, nesses casos, identificar os vírus Influenza A, Influenza B e Coronavírus.

As UBSs dos bairros oferecem atendimento completo, sem necessidade de encaminhamento para o ponto de apoio à UPA. As 19 UBSs de Paranavaí funcionam de segunda a sexta-feira das 7h às 17h e recebem tanto a demanda programada, ou seja, por agendamento, quanto a demanda espontânea, quando o paciente procura os serviços por não estar bem.

Fora dos horários das UBSs, os moradores podem buscar atendimento no ponto de apoio, que abre de segunda a sexta-feira das 7h às 22h e aos sábados das 8h às 17h. Já a UPA mantém as portas abertas 24 horas por dia, de segunda a segunda.

A médica da Secretaria de Saúde informa que a abertura do ponto de apoio aos sábados “foi uma medida adotada para ampliar a oferta de atendimento médico, e será mantida enquanto perdurar a situação epidemiológica”. A operação da estrutura na Praça Brasil, ao lado do terminal urbano, começou no dia 26 de maio justamente em razão do aumento significativo dos casos de síndromes respiratórias.

Se voltarmos ao início desta matéria, veremos que o período de 1º a 7 de junho teve a quantidade mais elevada de consultas médicas por problemas de saúde dessa natureza. Ao que tudo indica, a tendência é que haja redução no número de pacientes – em que pese o fato de a contagem de dias ser menor, de 8 a 11 de junho foram 709 registros.

A que se deve essa melhora? Bruna Basso aponta algumas possibilidades. “A vacinação [contra a gripe], que aumentou depois que a gente começou as divulgações, e o uso de máscara, que bastante gente aderiu.” Outras medidas chamadas de não farmacológicas contribuíra, por exemplo, evitar aglomeração e manter distanciamento social em caso de sintomas respiratórios.

A médica da Secretaria de Saúde considera, também, o comportamento do vírus. “Por ser muito transmissível, muitas pessoas ficam doente ao mesmo tempo. Isso preocupa pela sobrecarga do sistema de saúde, sobretudo a ocupação de leitos.”v