O sistema sindical rural na região Norte do Paraná conta com um de seus entusiastas mais longevos. Aos 85 anos, Mamoru Kogio, ex-presidente do Sindicato Rural de Assaí, segue trabalhando para fortalecer a representatividade agropecuária paranaense. Tanto que, no dia 15 de junho, o dirigente sindical participou do 3º Encontro Regional de Líderes Rurais – Cultivando Conexões, em Londrina. Além de fazer sua parte como membro da diretoria do sindicato, Kogio colabora com o surgimento de novos líderes no meio rural. Para isso, levou um de seus netos, Leandro Yuji Izu, de 37 anos, ao evento promovido pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, que percorreu dez cidades no Estado, reunindo mais de 2,1 mil produtores e produtoras rurais.
Ao longo da vida, Kogio já produziu algodão, milho, soja, feijão, trigo, arroz, hortaliças, manga, castanha, suínos, gado de corte, entre outras atividades agropecuárias. Apesar da diversidade, o que nunca mudou no produtor rural é o sentimento de coletividade. Como membro da igreja, de cooperativas agropecuárias ou do Sindicato Rural de Assaí, Kogio está desde os seus 15 anos envolvido com instituições associativas. No caso do sindicato rural, Kogio participa desde 1975, quando a entidade foi fundada, sendo que por 12 anos ocupou o cargo de presidente.
“Há muito tempo venho falando que nós precisamos trazer pessoas mais novas para o sindicato, pois, até um tempo atrás, eram sempre os mesmos que participavam. E estamos conseguindo com esse trabalho realizado pela FAEP e pelos sindicatos rurais”, lembra Kogio. “Temos que aproximar todo esse pessoal novo. As mulheres também, pois estão chegando com muita força. Com esse incentivo da FAEP e a atuação local dos sindicatos, quanto mais gente nova tivermos, mais forte fica o nosso setor”, acrescenta.
A própria renovação da diretoria do Sindicato Rural de Assaí tem participação direta de Kogio, que incentivou duas gerações da família a participarem do sistema sindical. Há décadas, o genro Roberto Hakuo Izu (pai de Leandro) faz parte da diretoria. Agora, Leandro também passou a integrar o quadro da entidade e ajuda a atrair novos produtores para a missão da representatividade sindical.
“Eu vejo na prática que se não tiver um sindicato rural forte, o negócio não anda. Meu avô, mesmo com idade avançada, briga muito para defender os interesses dos produtores da região. Estamos nos mexendo para trazer mais gente, nesse trabalho de formiguinha”, compartilha Leandro, que se formou em Agronomia, trabalhou em grupos empresariais em Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, e, há nove anos, retornou ao Paraná para cuidar de parte dos negócios da família.
